segunda-feira, 25 de junho de 2012

O ensino da Matemática

O ensino de Matemática, ao longo dos anos, tem sido erroneamente, visto como algo dissociado do cotidiano, sem significado para a vida, com conteúdos sem sentido para seus aprendizes. Isso tem tornado esta disciplina tão importante e necessária temida nas escolas, pois a maioria dos estudantes ainda sente-se ameaçados, enredados em fórmulas que se repetem dia após dia, sem explicações coerentes e, tampouco aplicabilidade prática.
Muitos são os motivos que tornaram a Matemática tão “mal vista” dentro do contexto escolar, dentre estes destaca-se a falta de capacitação dos professores em lidar/trabalhar com tais conteúdos, pois estes tem-se preocupado, em sua maioria, coma transmissão teóricas de conteúdos, deixando de lado sua aplicabilidade, seu valor para a vida, uma vez que a aprendizagem tem que dar sentido à vida, ou esta não terá sentido algum, como afirma Freire (1998).
Além disso, no processo de ensino aprendizagem deve-se valorizar os conhecimentos prévios dos educandos, pois cada sujeito traz consigo uma gama de informações, saberes e conhecimentos advindos do meio em que vivem e isso é muito importante, pois a partir daí o educador poderá traçar os melhores caminhos que conduza a uma efetiva aprendizagem, fazendo da ludicidade seu pilar de apoio deste tão complexo processo, através do qual o educando é incentivado a aprender fazendo, tornando-se o ator principal de sua própria aprendizagem.
Apesar da triste história do ensino de Matemática no cenário nacional é possível perceber que esta já apresenta os primeiros passos de superação, pois alguns educadores já incorporaram em sua prática metodologias que contemplam atividades lúdicas, uma vez que quando brinca, a criança aprende mais e com maior significado, pois a brincadeira já faz parte da sua realidade de sua essência. Para Vygotsky (1984), o brincar pedagógico, a ludopedagogia ajuda a criança a desenvolver sua própria personalidade, ao passo que desafia o educador a refletir, descobrir, cooperar e aceitar um modelo de criança mais ativa, protagonista de sua aprendizagem, ficando assim claro o valor do lúdico em sala de aula, pois é a partir da assimilação e da acomodação que os discentes começam a entender o mundo e suas particularidades indo, gradativamente adquirindo o conhecimento da realidade na qual está situado.
Kishimoto (1993) ainda afirma que, no jogo a criança é mais do que é na realidade, pois este permite todo o aproveitamento do seu potencial, possibilitando que a criança tome iniciativa, planeje, exercite e avalie; que esta aprenda a tomar decisões de acordo com seu contexto social na matemática do faz-de-conta, oferecendo assim alternativas para conquistas no seu mundo mágico.
A partir daí pode-se então afirmar que, ou o educador torna suas aulas mais atraentes e contextualizadas, lançando mãos das atividades lúdicas em seu sentido mais amplo, ou este correrá sério risco de desenvolver cidadãos atônitos e insatisfeitos, imóveis em suas carteiras, reproduzindo somente o que lhe é transmitido, fórmulas e regras, sem valor para sua realidade social e, tampouco pessoal.
A educação deve ser capaz de formar indivíduos críticos e reflexivos, capazes de inferir na sua realidade, pois mais que transmitir conteúdos, é urgente uma mudança na postura da forma mecanizada como se ensina Matemática, uma vez que na atualidade aspira-se por uma Matemática viva, interdisciplinarizada, que provoque nos educandos e educadores o gosto, prazer e confiança em enfrentar novos desafios.
Espera-se assim, que a escola seja capaz de desenvolver a autonomia dos seus alunos, dando-lhes liberdade para aprender porque, como brilhantemente descrito por Rubem Alves:
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprenderem a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode leva-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre tem um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados.  Que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”

sábado, 23 de junho de 2012

O ensino concreto da Matemática

O ensino de Matemática deve estar voltado para a realidade dos educandos de forma que este dê sentido à sua vida. Nada de Matemática abstrata, fora da realidade, a "onda " agoraé educar para a cidadania e anda melhor que aliar este ensino às diversas situações do cotidiano.
Alunos e educadores devem estar empenhados em transformar o processo educativo num ato mais simples e, ao mesmo tempo, mais concreto e a tecnologia abre espaço para que este processo torne-se mais atrativo e interativo. Vamos lá...